Super postagem: Os doutores da morte de Hitler.

O início de uma revolução

Ao contrário do que muitos pensam, Adolf Hitler não era a única mente manipuladora e perversa por trás de todo o holocausto, haviam muitos outros que seguiam seus ideias e cooperavam na elaboração e execução das torturas feitas com os judeus.

Eram assim chamados os doutores da morte, que como o próprio nome insinua, consistia num grupo de doutores que atuavam nos diversos campos de concentração espalhados pela Polônia e Alemanha, sendo três deles considerados campos principais e trinta e nove campos auxiliares.

Algum dos atuantes era o Doutor Josef Mengele, um dos mais conhecidos entre todos, que tinha como local de suas práticas o campo de Auschwits-Birkenau, na Polônia. Era o responsável pela decisão do destino dos prisioneiros que chegavam aos campos e selecionar os melhores exemplares para suas experiências desumanas. Nascido em 16 de março de 1911, na cidade de Günzburg, morreu em 7 de fevereiro de 1979, em Bertioga, litoral brasileiro.

Vida, morte e fuga de Josef Mengele

Ao final de sua carreira como doutor nazista, fugiu da Alemanha, passando por alguns países até se fixar na Argentina durante um tempo.

 Para conhecer um pouco mais sobre a vida do Dr. Josef Mengele, compartilhamos aqui um documentário realizado por uma equipe de tevê, do canal fechado History, que, acompanhados de um historiador e escritor especializado em nazismo que estuda sobre a vida de Josef a mais de trinta anos, realizam uma viagem onde detalham cada etapa da vida de Mengele, indo à sua cidade natal, Gunzburg, na Alemanha, para obter mais informações, e aos demais lugares por onde passou ao longo de seu crescimento e aonde realizou seus experimentos com seres humanos, e, além disso, recebem a opinião de muitos especialistas durante esta investigação, com um deles os conta, logo quando chegam à Alemanha, de que Mengele fazia parte de uma família muito tradicional e renomada na cidade onde moravam, cheios de posses como uma grande fábrica e por prestarem ajuda à cidade, recebiam homenagens como nomeações de ruas com o sobrenome da família.

A partir deste momento, onde tudo é estudado deste o princípio, notam-se pequenos detalhes que podem ter influenciado para ele ter trilhado o caminho de assassino, como um aparente afastamento da mãe em sua infância, na época da II Guerra, onde o nazismo começava a surgir com força total na Alemanha e fazer a cabeça de todos. Através de uma visita à antiga universidade onde ele havia se formado em medicina, tomamos conhecimento de como alguns medicamentos chegavam aos campos de concentração para serem testados, pois periodicamente ele visitava o mesmo e tinha acesso a estas amostras, as quais escolhia algumas para serem enviadas. Além disso, explica-se o fato de por quê o nome " Anjo da Morte" outra maneira como também podem ser chamados estes médicos, e temos como definição por um especialista de que o Anjo da Morte é a figura que a pessoa vê um minuto antes de morrer, e depois disso nao há mais nada.

É visto também um pouco sobre suas experiências, os tipos que ele realizava, e que mesmo sendo formado como médico com dois diplomas, seu objetivo nunca fora curar alguém, muito pelo contrário, torturá-los fazendo-os sofrer. Por fim, temos a representação da fuga de Josef da Alemanha, na tentativa de esquecer o passado e começar sua vida do zero. Embarcou em um cruzeiro passando por algumas cidades do Brasil, e por fim acomodando-se na Argentina por algum tempo. Depois morou por cerca de vinte anos na cidade brasileira de Bertioga, sobre nome falso, e alguns anos após sua morte, seu corpo passou por diversos exames para comprovação de que era realmente Josef Mengele, o que foi constatado e a notícia de sua morte surpreendeu o mundo todo, que sempre carregarão consigo a imagem de como ele foi um ser cruel e desumano.

Outras mentes por trás de tudo

Além de tudo o que já conhecemos sobre Josef Mengele e sua vida, ele tinha a companhia de demais médicos, que apesar de não terem sido tão cruéis ao ponto de que Mengele chegou, aterrorizaram milhares de judeus nos campos de concentração, como os Doutores Julius Hallervorden e August Hirt que em meio a seus experimentos, em 1944, desenvolveram um fascínio por colecionar órgãos retirados geralmente de doentes mentais que quando eram rotulados como "indignos de viver", morriam através da eutanásia, que era realizada de forma muito liberal pelos doutores dentro dos campos.

A princípio, concentravam-se em colecionar cérebros, os quais Julius tinha uma coleção de seiscentos e noventa e sete, era sem dúvida o maior colecionador excêntrico que já havia sido visto. Já August, que fazia parte da renomada Universidade de Estraburgo, percebendo a facilidade de se obter tais materiais biológicos, interessou-se na coleção de cabeças e até corpos inteiros, encomendando 115 cadáveres que haviam de ser executados nos campos, e enviados para ele para seus estudos para provar a superioridade da raça ariana, e passando-se dois meses, recebendo mais 80 corpos. Há quem diga que os experimentos destes dois médicos, tanto de ramo neurológico quanto anatomia humana em geral favoreceram na evolução da medicina para chegar aonde nos encontramos hoje.

Porém estes médicos não tinham possibilidades como Sigmund Rascher, sendo este um dos primeiros entre os trezentos e cinquenta médicos que atuaram nos campos de extermínio. Atuava especificamente no campo de Dachau, e dizia aos colegas com orgulho: " Sou, sem dúvida, o único que conhece por completo a fisiologia humana, porque faço experiências em homens e não em ratos". De seus experimentos realizados em câmaras de baixa pressão, entre cerca de duzentos judeus que foram usados de cobaias, oitenta morreram antes do término dos testes. Realizava entre experiências de hipotermia até dissecamento do cérebro das pessoas ainda vivas para poder visualizar a formação de bolhas de ar nos vasos sanguíneos. Aqui abaixo temos a foto do Dr. Julius Hallervorden (à esquerda), Dr. Sigmund Rascher (centro), e Dr. August Hirt (direita).

Por fim mas não menos importante, temos como atuante no campo de Auschwitz a paritr de 1942 até janeiro de 1945, e considerado como médico Chefe, o Doutor Eduard Wirths, que tinha planejadas experiências relacionadas a fertilidade das mulheres e tifo. Nunca trabalhou diretamente nestas experiências, mas sempre tinha sua equipe de vinte médicos que ele se responsabilizava pelo o que eles realizavam de experiências (incluindo Josef Mengele). Em 20 de setembro de 1945, ao saber que estava sendo procurado e teria de ser preso para responder pelos crimes que havia cometido durante a guerra, se suicidou por enforcamento. Abaixo, uma foto dele

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Torturas colocadas em prática

Citaremos a seguir, alguns dos experimentos que eram realizados sendo divididos pelo determinado campo de extermínio onde eram colocados em prática.

Entre os que eram caracterizados como " doentes incuráveis", segundo o livro " The Nazi Doctors" ( Os doutores nazistas, em tradução para Português) escrito por Robert Lifton, estavam um número aproximado de 60 mil epilépticos, 4 mil cegos hereditários, 16 mil surdos hereditários, 20 mil pessoas com má formação no corpo (anões e gigantes), 10 mil com alcoolismo hereditário, 200 mil doentes mentais, 80 mil esquizofrênicos e 20 mil maníacos-depressivos”.
Só para lembrar de que os campos de concentração eram fábricas de cobaias humanas, alguns experimentos realizados pelos torturadores:

*Auschwitz-(abril de 1940 a janeiro de 1945) 1,1 milhão a 1,5 milhão de mortos.
Experimentos: Pesquisas com anões e gêmeos, ligando suas veias; infecção com bactérias e vírus; eletrochoque com raios X que acavam por ocasionar queimaduras severas; esterilização; remoção de órgãos; injeção de venenos; criação de feridas para testar medicamentos novos sem nome específico, somente com códigos enviados de Birkenau para serem testados nas cobaias; amputações de membros e operações sem anestesia. Isso ocorreu na Polônia.

*Buchenwald-(julho de 1937 a abril de 1945) 56 mil mortos.
Experimentos: Faziam amputações de membros e operações sem anestesia, assim como em Auschwitz ; contaminação com a febre amarela, cólera e tuberculose; ingerir comidas envenenadas; queimaduras com bombas. Isso ocorreu na Alemanha.

*Dachau-(março de 1933 a abril de 1945) minimo de 30 mil mortos.
Experimentos: Testes de hipotermia realizados em câmaras de baixa pressão, deixando as cobaias expostas a água de temperatura semi-congelada e antes que pudessem morrer, eram reanimados e colocados em água com temperatura muito elevada, tendo uma morte lenta e dolorosa; infecção de vírus da malaria; privação de líquidos com ingestão de água salgada. Isso ocorreu na Alemanha também.

Coleção de experimentos

Destacaremos a seguir a lista de experiências que eram realizadas, que foram sitadas no post anterior, porém por meio deste explicadas detalhadamente.

Experimento de congelamento e exposição ao calor

Neste tipo de experimento, o propósito era descobrir quanto tempo levava para haver uma paralisação da metade inferior do corpo e uma maneira para reanimá-lo, para isso faziam com que os prisioneiros fossem submetidos a ficarem nus deitados em tanques de água semi-congelada, durante os dias mais frios do inverno. Diversos deles não sobreviviam, e os poucos que saíam com vida desta parte do experimento, eram submetidos ao descongelamento, que era feito de forma que fossem encharcados por líquidos de temperatura muito elevada, por via oral ou retal, o que acaba os levando à morte.

Experimento com água do mar

A tentativa era de se conseguir transformar a água salgada em água potável, fazendo com que, deste modo, fossem selecionados um grupo de prisioneiros que seriam privados de sua alimentação normal e só tendo direito de receber uma água salgada que foi processada quimicamente. A experiência se estendeu por três meses, de julho até setembro de 1944.

Experimento de cor dos olhos

Eram injetados nos olhos de prisioneiros, resinas para, em uma tentativa frustrada, conseguir mudar a cor de seus olhos, especialmente para olhos azuis.

Experimentos com veneno

Entre dezembro de 1943 e outubro de 1944, foram administrados vários venenos, colocados secretamente na comida e bebidas das cobaias, para que se descobrisse assim, o efeito que causavam. Acabavam por os levar a morte, que após eram feitas autópsias em seus corpos.

Experiências com tifo

Foram realizadas num período de dezembro de 44 até aproximadamente fevereiro do ano seguinte, para que, assim como as experiências com veneno, fossem testadas vacinas criadas por eles mesmos para o Tifo. Desta forma, cerca de 75% de prisioneiros foram selecionados tomavam as vacinas além de algumas outras substâncias químicas, e passado entre três a quatro semanas, recebiam o vírus do Tifo. Os outros 25% também recebiam o vírus que era injetado neles porem para simplesmente manter a bactéria viva, que dentre estes, 90% morreram. Foram feitas após esta, experiências relacionadas a febre amarela, cólera, difteria e paratifo A e B.

Experiências de fertilidade

Pegando como cobaias geralmente mulheres, era utilizado raio X e até mesmo choque elétrico, o que acaba por causar graves queimaduras na pele. Injetava também diversas substâncias nelas, até mesmo cimento diretamente no útero, o que as acabava por levar a falecer.

Experimento com anões

Realizadas com o propósito de provar que este tipo de ser humano é na verdade uma mistura de raças, eram mortos e dissecados, porém em vão.

Experimento com gêmeos

Realizavam com um ou ambos os gêmeos cirurgias para a retirada de órgãos, mudança de sexo, castramento e até operações na coluna vertebral, o que não deixava sobreviventes. Além disso, faziam transfusões de sangue entre eles e injetavam em suas veias germes letais, podendo também unir as veias e fazer modificações no DNA deles, como em um caso onde dois gêmeos foram unidos para a criação de siameses.

Como já comentado, o fato destas experiencias serem absurdamente terríveis não se restringia somente aos diversos tipos feitos, mas que geralmente eram feitas sem anestesia e mantendo as cobaias conscientes durante a operação. Após realizar um novo teste, era injetado no coração de cada um dos gêmeos a substância clorofórmio, que garantia uma morte rápida às vítimas, e após isto, podendo passar por uma autopsia para ver a reação que os órgãos tiveram às drogas.


Os números assustam, de três mil gêmeos que passaram pelas experiencias nos campos de concentração, somente houveram duzentos sobreviventes, devido ainda à um pedido de suspensão de tais experimentos por ordens de superiores, em 26 de novembro de 1944.

Josef Mengele: O anjo da morte na América do Sul

Josef Mengele, como já tratado anteriormente, foi o médico ativo no campo de Auschwitz, durante o período de maio de 1943 até o momento em que fugiu, em 1945, devido ao avanço do Exército Vermelho.

Mengele fugiu da Europa para a América do Sul em face do avanço do Exército Vermelho em 1945.

Durante anos os cientistas não conseguiram descobrir por que até uma em cada cinco gestações em uma pequena cidade brasileira resultaram em gêmeos - a maioria deles loiros de olhos azuis.
De acordo com Goldschmidt, que é prefeito da pequena cidade, as pessoas mais esclarecidas da cidade estão revoltadas com a situação. 'Estão usando da boa-fé da comunidade para vender livros', criticou.
Mas os moradores de Cândido Godoi agora afirmam que Mengele fez repetidas visitas lá no início de 1960, primeiramente como um veterano, mas, em seguida, oferecendo tratamento médico para as mulheres da cidade.

"Há testemunhos de que ele atendeu mulheres, acompanhou suas gestações, tratou-as com novos tipos de drogas e preparações, que falava de inseminação artificial em seres humanos, e que ele continuou trabalhando com animais, proclamando que ele era capaz de obter vacas produzir gêmeos do sexo masculino. " Afirma Camarasa (autor do livro Mengele: o Anjo da Morte na América do Sul).
Já o prefeito de Cândido Godoi, Goldschmidt, afirma que somado ao histórico familiar, é possível associar fatores ambientais e de alimentação para justificar a alta taxa de gêmeos na comunidade. 'Certos alimentos aumentam a fertilidade', disse ele.

Abaixo alguns vídeos sobre o médico maldito.